UMA NOVA EDITORA EM RESENDE?

A resposta é sim! A EDITORA CONTRACULTURA já tem seu CNPJ e está em fase de implantação.

Esse é um sonho antigo do meu pai e meu, escritores quase siameses. Após tantos livros lançados e a crônica dificuldade de publicação e distribuição, meu pai me pediu para que estudasse a possibilidade de abrirmos a nossa própria editora, no mínimo, para unificar nossas obras em um único catálogo.

Ainda que fosse também um sonho meu, a verdade é que mesmo tendo aquele projeto prontinho há anos, escondido em uma “gaveta” no meu computador, fiquei reticente, pois, tinha ideia das dificuldades que envolvem uma tarefa dessa envergadura.

Mas, eis que surge um personagem novo nessa difícil equação. Anos atrás, por conta do “CONTRACULTURA” programa de Rock que eu tinha na Rádio Resende nos anos 90, conheci o jovem Filipe “Slatanik” que havia criado um site de Heavy Metal, inspirado no meu programa.

Muitos anos depois, Filipe Souza, agora jornalista e designer gráfico consagrado retorna a Resende e nos tornamos parceiros profissionais. Daí que, comentando a ideia de criar uma editora com foco em publicação digital, o parceiro compra a ideia e topa entrar no projeto. “E agora?” penso eu.

Bem, o fato é que agora podemos comunicar o lançamento da EDITORA CONTRACULTURA, cujo foco é o lançamento e de livros digitais e relançamento de livros nesse formato e a consequente distribuição nas plataformas digitais, como Amazon e afins. Claro, iremos trabalhar com livros impressos aqui e ali, mas, decerto esse não é o objetivo principal.

Uma das nossas metas é viabilizar obras antigas de escritores resendenses como Itamar Bopp, Macedo Miranda, Narcisa Amália, dentre outros. São autores de quem todos escutam falar, mas cuja obra ninguém conhece.

Oura vertente é relançar livros de autores resendenses que tiveram suas obras lançadas em algum momento especial, porém, nunca relançadas. Certamente, tiveram problemas com distribuição, locais de venda etc. A possibilidade de relançá-los digitalmente, abre novas oportunidades a esses autores.

Já estamos trabalhando nesse sentido, inclusive, e até já temos demanda em estudo. Se me permitem o spoiler, muito possivelmente, teremos como primeiro lançamento da editora, meu novo livro “A CONFRARIA”, devidamente editorado, revisado e que terá a capa do fabuloso Sérgio Cerante Ornellas, que, esperamos, venha ser colaborador permanente da CONTRACULTURA, que já conta com a artista e designer NAYUMI como capista.

Obviamente, estamos abertos a escritores de todo o País, mas, nesse primeiro momento, o foco será nos autores locais e da região. Da mesma forma que o objetivo principal é trabalhar com livros digitais, mas, a publicação física é sempre uma alternativa.

Enfim, hora de arregaçar as mangas e começar a movimentar a Literatura regional, pois talentos temos muitos.

Resende, 13 de janeiro de 2024

Cello Carneiro