É perfeitamente natural que as pessoas façam as suas reflexões de final de ano e entrem no Espírito Natalino. A questão é: O que se tornou o Espírito Natalino?
O mundo certamente ficou mais pobre de imaginação quando deixamos de acreditar no Papai Noel. Não acreditar na existência do bom velhinho, mas, no que ele representa para a consciência coletiva.
Se pensarmos em Jesus, são múltiplas as teses do seu nascimento, tanto no que se refere à data, mas, até a semelhança com o nascimento de Mitra, o deus persa adotado pelos romanos. Mas, acreditamos no que o Cristo representa.
Crer é um ato de fé que, não necessariamente, coaduna com a razão ou a lógica.
Confesso que o Natal materialista que movimenta milhões de dinheiros mundo afora não me sensibiliza. O Natal dos cartões de crédito, da Shopee, da SAARA e da 23 de maio é o Natal que combina com a sociedade moderna, para quem o dinheiro é o verdadeiro “Deus”.
Não que não sejam importantes as festas e encontros de família e amigos. Pelo contrário, elas mantêm aquele gosto saudável de estar entre os nossos, de confraternizar e, se possível, abandonar as mágoas, dores e dissabores.
Isso sim faz parte do que entendo como Espírito Natalino.
Assim, como as campanhas de ajuda aos desfavorecidos, as sopas, os presentes doados a crianças e todo tipo de caridade possível.
Mas, às vezes, nos esquecemos de algo simples como rezar/orar pelo próximo. Não apenas àquele ser que amamos, mas, sobretudo dirigir nossas preces àqueles que desconhecemos. Aos pobres e miseráveis, aos refugiados, aos flagelados pelas intempéries, pelas guerras, pela maldade humana.
Creio piamente que faz parte do Espírito Natalino aumentar a vibração do planeta com boas energias, com bons pensamentos e boas ações.
Creio piamente que as reflexões de final de ano, devem ser reflexões do ano inteiro, do dia a dia.
Creio piamente que esse exercício diário de reflexão há de nos fazer pessoas melhores e as pessoas melhores fazem sociedades melhores.
O Natal Crístico, por fim, tem origem no Amor, na bondade e na fraternidade.
Com isso, palavras como fé, boas energias, oração, boas ações, vibrações positivas, fraternidade, caridade e, sobretudo, Amor assumem suma relevância para entender que – na minha humilde visão – haveria de ser o Espírito Natalino.
Sem querer ser dono da verdade, é apenas uma questão de opinião.
Portanto, meus poucos leitores: Cuidem mais um dos outros, rezem mais, sorriam mais e, se possível, AMEM MAIS.
No mais, desejo a todos Boas Festas e espero, sinceramente, que o ano vindouro nos propicie muita LUZ.
FELIZ NATAL!
Resende, 23 de dezembro de 2023
Cello Carneiro
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